Na manhã de 20 de julho de 1993,
Maria Fonseca, uma jovem belíssima de olhos dourados e cabelos castanhos, de
traços finos e um sorriso angelical, esperava ansiosa o retorno de seu
namorado, Carlos Moreira, alguns anos mais velho que ela, que foi fazer um
curso na cidade cosmopolita de São Paulo. Estava sentada tranquilamente em um
banco na praça em frente à estação municipal de Belo Horizonte. Cuidadosa
e atenta, lia um romance policial de Agatha Christie, e se interessava muito
por ele e pela autora, que estava em seu auge naqueles tempos. Recém-formada na
faculdade de medicina da capital, agora ansiava por um novo trabalho que a
fixasse e construísse sua nova carreira. Eram aproximadamente quatro da tarde,
e pela "pontualidade" daquela linha interestadual já era de se
esperar que o ônibus atrasasse.
A
Praça Rio Branco estava encontrava-se movimentada àquela hora do dia, algo fora
do habitual. O frio incessante de duas semanas que se abatia sobre todo o
sudeste parecia ter se dissipado por algumas horas, e as pessoas viram naquilo
uma ótima oportunidade para resolver suas pendências.
Com
mais de quarenta minutos de atraso, Carlos chegou à cidade.
O
encontro dos dois foi caloroso, e ajudou a esquecerem da fina chuva que caía lá
fora. Maria foi abraçá-lo, apressada, e foi retribuída com um lindo buquê de
rosas de seu namorado.
Espero
que você goste, pois eu achei que combinariam com a cor de seus olhos. Procurei
por dias a cor que eu desejava, e quase que tive que rondar por toda a
gigantesca São Paulo para encontrar essas rosas cor de mel. - Maria encarou-o
com olhos marejados. - Uma homenagem ao nosso amor, que será lindo e raro como
essas rosas.
-Muito agradecida - Confirmou. Segurou nas
mãos do namorado e pôde sentir o calor que emanava de seu corpo. - Eu
também espero que possamos permanecer juntos pela eternidade, se esses forem os
planos de Deus para nós.
Isso
somente o destino poderá decidir.
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