Capitulo 2
– Dia do Saulo
“Estava
tudo tão escuro, não pude ver nada, eu estava deitado e quando fui me levantar,
bati com a cabeça em algo, e me dei conta de que estava em um lugar apertado.
Como era claustrofóbico, entrei em pânico total, pedia ajuda desesperadamente.
Quando meu coração ia parar de desespero, ouvi uma doce e branda voz pedindo
para me acalmar- Por favor, acalme-se! Vou te tirar dai! - A voz vinha de cima,
o que significava que eu estava em algum tipo de calabouço. Com toda a forca
que tinha tentei empurrar a porta para cima, imagino que a pessoa misteriosa
também ajudava. Estava muito difícil, ate que... BLAM! A porta finalmente se
abre. Tentei ver alguém, mas meus olhos estavam sensíveis à luz, mas via a
silhueta de quem me ajudara. Era uma...”.
*DESPERTADOR*
-
SAULO! SÀVIO! ACORDEM OU VÃO SE ATRASAR PARA A AULA!
Oh
meu Deus! Toda manhã é essa correria, mas já faz parte da nossa rotina. Nova
escola, novos amigos, novo início. Mal podia esperar para chegar à escola, ainda mais porque um velho amigo
meu estuda lá, e vai me guiar pela escola. Seu nome era Tales Mier, mas eu e
meu irmão Sávio chamávamos o de ‘Colosso’ por ser maior que a maioria das
crianças, mas ele era muito simpático e inteligente, vai ser ótimo revê-lo.
-
Será que a gente vai acha ele? - Perguntei ao meu irmão assim que entramos pela
porta do pátio.
-
Vai ser fácil acha-lo, já que ele é enorme. – Sávio me respondeu de imediato.
-
Mal posso esperar para rever o velho ‘Colosso’.
-
Saulo! Sávio! Não acredito, são vocês mesmo! – Ouvimos essa exclamação perto de
nós, mas não avistávamos aquele menino loiro gigante.
-
Er... Eu estou aqui embaixo. – Olhamos para baixo e vimos ele. O gigantesco
Colosso agora era menor do que qualquer adolescente da escola, assemelhando-se
a uma criança de 6 anos, no máximo 10 anos. Meu irmão foi o primeiro a falar –
C-Colosso!? Você esta meio...
-
Eu sei. – Ele retrucou imediatamente, revirando os olhos – Eu estou baixinho.
Parei de crescer um bom tempo atrás.
-
Mas para nós ainda é o nosso velho Colosso. – Tentei reanima-lo e Sávio
concordou.
-
Valeu ‘Papa-Léguas’. – Recebi o apelido de Papa-Léguas na infância e meu irmão
de Ligeirinho quando éramos crianças muito hiperativas, correndo de um lado
para o outro.
Eu
e meu irmão seguimos Tales, que nos apresentou a dois outros rapazes – Estes
são meus amigos, Silver e Nigel.
-
Prazer em conhecê-los, meu nome é Silver. – O garoto albino nos estendeu sua
mão, onde em suas costas era possível ver tatuagens de ouro boros em anil.
Avistei
então o garoto com cabelos um pouco longos e castanho-avermelhados, e resolvi
brincar com a cara dele um pouco. – Tales, tem certeza de que esse aqui é um
homem?
-
TA ZOANDO COM A MINHA CARA NOVATO? – Deu pra ver que ele não gostou da
brincadeira, ainda mais que mostrava ter um pavio muito curto e uma força
descomunal.
-
Ignora o palhaço do meu irmão. – Interviu o meu irmão e bem a tempo – Meu nome
é Sávio, e o mala-sem-alça aqui é o Saulo.
*Sirene*
-
É o sinal da escola. Sigam-me que vou mostrar nossa sala.
Fui
pegar minha mochila, quando vi uma garota com um lacinho vermelho preso em seus
cabelos cor-de-rosa. Eu não sei como, mas acho que fiquei sonhando de olhos
abertos. Meu irmão me chamou. Tentei procurar a menina com os olhos de novo,
mas a perdi de vista, provavelmente porque foi para a sala de aula, que com
toda a minha certeza não seria a mesma que a minha.
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