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terça-feira, 5 de abril de 2016

Crítica - O doador de memórias - Filme

Enfim, o que dizer do filme "O doador de memórias"? Sem querer ser pretensioso, afinal, não sou crítico de cinema nem nada, dou minha sincera opinião.

A produção é uma daquelas que brinca com sua própria realidade, principalmente quando Jonas encontra-se com o doador e descobre que tudo que ele acreditava, sentia, enxergava, ouvia e pensava até o momento era uma simples "acomodação" que os anciãos quiseram que ele e todos os outros tivessem. Diariamente, reclamamos porque sofremos, sentimos dor, somos obrigados a conviver com o ódio e a violência. 




Eu, como uma arrebatadora maioria da sociedade, acredita que o mundo poderia ser melhor se fôssemos todos iguais. Seria mesmo?

É certo que abandonadas as diferenças, seríamos mais suscetíveis à compreensão do próximo, contudo, seria mesmo o caminho para a paz e a liberdade? O filme mostra que os caminhos para uma sociedade mais justa estão longe da abolição das diferenças individuais. É preciso sentimentos e emoções que a individualidade dos proporciona, e de todas as nossas sensações com o mundo à nossa volta. A dor e o sofrimento fazem parte desta mistura de sentimentos, e são essenciais para a vida. Tentar desvencilhar-se disto que nos faz humanos é tolice.

Algo que os anciãos da comunidade de Jonas adotaram como modo de vida. "O doador de memórias" é mais do que uma ficção adolescente, como acabei lendo em diversas críticas de sites famosos por aí. Trabalha a filosofia da mente, dos próprios pensamentos como um todo, e com o conceito de repressão e reclusão, que são próprios do gênero distópico na literatura. Infelizmente, o filme termina com algumas pontas soltas, e que eu esperava muito terem sido atadas, algo que com certeza aumentaria ainda mais meu apreço por essa maravilha que é a trama, começando literalmente em preto e branco e desabrochando em um turbilhão de cores. Uma obra-prima da ficção moderna, a meu ver. 

Em breve espero ter o livro aqui em casa pronto para ser devorado por mim. 

"Eu senti algo... Eu senti!"

por André Luiz


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