A Lua estava apina, na meia-noite da vida. As ruas do bairro estavam desertas, à exceção dos fantasmas e bêbados, que vagueavam em busca do caminho de casa. Algumas esquinas ocultavam assaltantes, debaixo das sombras das marquises e dos buracos nos muros dos terrenos baldios. Noutras, a luz do poste por vezes capturava o vulto de um gato perseguindo um rato, ou até mesmo um grupo de jovens inconsequentes andando apressado e fumando maços de maconha enrolados em papel de pão. Avioezinhos motorizados fazendo delivery de drogas; delinquientes e suas pistolas automáticas; um senhor de aparência obscura de chapéu negro na cabeça.
As ruas e vielas formavam um labirinto indecifrável repleto de monstros e tentações.
Luana observava os subúrbios de sua mente. Uma realidade execrável, que insistia em perdurar em seus pensamentos.
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